“Não é que eu tenha total confiança de que os cientistas estão certos, é que tenho absoluta certeza de que os não-cientistas estão errados.”







____________________________________________________________________Isaac Asimov.













"A ignorância gera confiança com mais frequência do que o conhecimento: são aqueles que sabem pouco, e não aqueles que sabem muito, que tão positivamente afirmam que esse ou aquele problema jamais será resolvido pela ciência."



"Se o mistério da pobreza não for causado pelas leis da natureza, mas pelas nossas instituições, grande é o nosso delito. "





______________________________________________________________________________Charles Darwin.





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"Vivendo sob as trevas do Holocausto e esperando ser perdoados por tudo o que fazem em nome do que eles sofreram parece-me ser abusivo. Eles não aprenderam nada com o sofrimento dos seus pais e avós."





"Nós podemos comparar (a situação palestina) com o que aconteceu em Auschwitz."





"Mas então ninguém percebe que matar em nome de Deus é fazer de Deus um assassino?"





________________________________________________________________José Saramago.




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COSMOLÓGICA - A MATÉRIA HUMANA FORJADA NO CALOR DAS FORNALHAS ESTELARES DISTANTES!

Cosmológica

Sagan.


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"A História está repleta de pessoas que, como resultado do medo, ou por ignorância, ou por cobiça de poder, destruiram conhecimentos de imensurável valor que em verdade perteciam a todos nós. Nós não devemos deixar isso acontecer de novo."




_______________________________________________________________________________Carl Sagan.





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sábado, 15 de janeiro de 2011

A IMAGEM DE "CAMPO PROFUNDO" DO TELESCÓPIO ESPACIAL HUBBLE.

Este é um vídeo já bem conhecido na rede por quem curte astronomia.
Mas por ser tão fascinante e inspirador, cabe aqui reproduzi-lo mais uma vez.



Como se o conteúdo magnífico por si só não bastasse, este trabalho é dedicado a Carl Sagan (que não precisa de apresentações!) e tem como música de abertura outra obra sensacional: Shine On You Crazy Diamond do Pink Floyd, seguida de outras belas canções.




Os créditos da produção se encontram no final, exceto ao que se refere a Leonardo Bays, a quem se deve agradecer as legendas em português e ao detentor da conta TDarnell no YOUTUBE pela postagem.

Deliciem-se:

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A única coisa que eu lamento é que, inevitavelmente, aparece cada figura que, depois de assistir a este espetáculo do conhecimento, insiste nas estorinhas sobre discos voadores e ufologia, ao invés de falar sério sobre ciência de verdade.

Fazer o quê? Apesar disso, a diversidade de idéias é uma premissa para a evolução da espécie humana.



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sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

"TROQUE UM PARLAMENTAR POR 344 PROFESSORES."

Saudações.


Recebi esta semana um e-mail bem interessante cujo conteúdo desejo compartilhar.
O texto é exatamente assim:

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"No  futebol, o Brasil ficou entre os 8 melhores do  mundo e todos estão tristes. 
 Na  educação é o 85º e ninguém  reclama..."
   

EU  APOIO ESTA TROCA
   
   TROQUE  01 PARLAMENTAR POR 344  PROFESSORES   
O  salário de 344 professores 
que ensinam =  ao  de 1 parlamentar
que rouba.
  
 Essa  é uma campanha que  vale a pena! 
  
Repasso  com solidária revolta! 
Prezado  amigo!
Sou  professor de Física, de ensino médio de uma  escola pública em uma cidade do interior da  Bahia e gostaria de expor a você o  meu  salário bruto mensal:  R$650,00 
 
 Eu  fico com vergonha até de dizer, mas meu salário  é R$650,00. Isso mesmo! E olha que eu ganho mais  que outros colegas de profissão que não possuem  um curso superior como eu e recebem minguados  R$440,00. Será que alguém acha que, com um  salário assim, a rede de ensino poderá contar  com professores competentes e dispostos a  ensinar? Não querendo generalizar, pois ainda  existem bons professores lecionando, atualmente  a regra é essa: O professor faz de conta que dá  aula, o aluno faz de conta que aprende, o  Governo faz de conta que paga e a escola aprova  o aluno mal preparado. Incrível, mas é a pura  verdade! Sinceramente, eu leciono porque sou um  idealista e atualmente vejo a profissão como um  trabalho social. Mas nessa semana, o soco que  tomei na boca do estômago do meu idealismo foi  duro!
Descobri que um  parlamentar brasileiro custa para o país R$10,2  milhões por ano...  São os parlamentares mais caros do mundo. O  minuto trabalhado aqui custa ao contribuinte  R$11.545.
Na  Itália, são gastos com parlamentares R$3,9  milhões, na França, pouco mais de R$2,8 milhões,  na Espanha, cada parlamentar custa por ano R$850  mil e na vizinha Argentina  R$1,3 milhões.
 
Trocando  em miúdos, um parlamentar custa ao país, por  baixo, 688 professores com curso superior  !
Diante  dos fatos, gostaria muito, amigo, que você  divulgasse minha campanha, na qual o lema  será:
'TROQUE  UM PARLAMENTAR POR 344  PROFESSORES'.
 
Repassar esta mensagem é  uma obrigação, é sinal de patriotismo, pois a vergonha que  atualmente impera em nossa política  está desmotivando o nosso povo e arruinando o nosso querido Brasil.
É o mínimo que  nós, patriotas, podemos fazer.


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 Certamente não faltará quem diga "se está achando ruim, muda de profissão".
Seria como uma certa representante do Ministério Público de minha cidade, ao receber representantes dos funcionários públicos que lhe haviam trazido denúncias sobre a relação fisiológica de concessão e troca de cargos entre vereadores e o prefeito e a inconstitucionalidade de medidas que alienaram conquistas da categoria, deu como resposta que "se não tá satisfeito, te exonera". Postura típica da canalhice.

A troca sugerida pelo professor no desabafo mais acima, fomenta, como devem ter percebido, não só a eliminação de um CANCRO no congresso e a adição de mais profissionais da educação, mas também dobrar a remuneração desses educadores. É uma boa visão, porém um tanto modesta.

Esta realização não é utopia. Requer, é certo, mobilização e que venhamos a impô-la, com força, como provalvelmente, seria necessário. 

Imagino que o leitor atento e inteligente já deve ter pensado: "por que parar na troca de um parlamentar? Por que não trocar tanbém mais parlamentares por algumas  dezenas de médicos, enfermeiras, dentistas, policiais(todos melhor remunerados)?" Sim, é uma boa linha de raciocínio.

No entanto, não seria mais do que apenas um bom começo...

Um abraço.
_LPR_

 

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

ARGENTINOS... ARGENTINAS...

Perto do final da década de 1990, ao acompanhar o amigo Alex em um encontro de negócios numa cafeteria no centro de Porto Alegre, Pedro não esperava que da conversa fosse surgir para ele próprio uma proposta de trabalho.

 O fotógrafo argentino que utilizara os serviços de design de seu amigo, convidou Pedro, após saber que se tratava de um escritor em início de carreira, para trabalhar em um projeto de uma espécie de "fotonovela" para um jornal do interior do Rio Grande do Sul.

Encontraram-se novamente, apenas Pedro e o fotógrafo argentino, na mesma cafeteria(cujo nome auspiciosamente era Café Buenos Aires)  alguns dias depois e começaram o processo de desenvolvimento do tal projeto, acertando os detalhes e iniciando um conhecimento mútuo.

O "hermano" já estava no Brasil há uns dez anos mas ainda mantinha um sotaque carregado e um visual característico que fazia dele um estereótipo de jogador de futebol platino, onde só faltava uma bandana ou faixa.


Conversaram acerca dos temas que seriam abordados, características dos textos, prazos de entrega dos roteiros, pagamentos, enfim, todos os detalhes para o início do trabalho.

Em outra vez que se encontraram, antes de irem para a cafeteria de sempre, esperaram a bela esposa do fotógrafo argentino sair da academia onde malhava depois do trabalho, no centro de Porto Alegre. Ela,  brasileira, muito bonita, os acompanhou e participou da conversa que tiveram, agora, menos profissional e mais cheia de amenidades.

Em certo ponto alguém tocou na questão do tratamento e do relacionamento entre brasileiros e argentinos. Ao que Pedro pergunta:
- Qual tua impressão, depois de tanto tempo de convívio e sendo casado com uma brasileira, sobre as pessoas daqui?
E recebeu uma resposta incômoda:
- Acho que os brasileiros são péssimos anfitriões, mal-educados, rudes e um povo que se acha melhor que os outros. São arrogantes e pouco inteligentes.

Um breve momento de silêncio constrangedor, que pareceu durar meia-hora, foi quebrado pela pronúncia de algo que nem palavra era, saída da boca de Pedro:
- Mmmmmaaaahhhss...

Ele olhou para a esposa brasileira do fotógrafo argentino, tentando buscar cumplicidade numa possível retaliação, mas a encontrou apenas balançando a cabeça afirmativamente, concordando com seu marido.

Continuou desconcertado por mais alguns instantes até que se deu conta de que sua reação poderia confirmar ou pôr por terra o conceito que ali havia sido lançado.

Se éramos assim tão execráveis, o que fazia que continuasse a nos suportar, uma vez que sua esposa concordava com ele e era só uma questão de voltar para sua terra levando-a junto?

Imaginou que fosse algum teste para verificar seu grau de civilidade e, então calmamente, fez mais uma pergunta, até como forma de lhe dar uma chance para se redimir:
- É claro que esta opinião vem de tuas experiências pessoais ao interagir com nosso povo e ter de suportar a pouca simpatia originada essencialmente pela rivalidade vinda do futebol. Pelos paulistas, fluminenses e demais não posso falar nada, mas irás concordar comigo que os gaúchos são muito hospitaleiros, não é mesmo?

Recebeu a "tijolada":
- Os rio-grandenses? Esses são os piores! São tudo o que eu já falei sobre os brasileiros, reforçado por mais uma dose de ignorância.
A esposa brasileira(gaúcha) do fotógrafo argentino continuava a balançar positivamente a cabeça e balbuciava seu mantra:
- É mesmo... É mesmo... É mesmo...
Foi demais para Pedro. A situação lhe pareceu bizarra. "Só falta ele falar mal do Internacional", pensou.

Interrompeu bruscamente a conversa, fechou a cara e sentenciou, ainda em tom calmo porém seco:
- Vamos encerrar este assunto. Voltemos a falar do projeto.

Foi a penúltima vez que conversaram. Encontraram-se novamente apenas porque Pedro solicitou que lhe fossem devolvidos as cópias dos textos que ele já havia enviado anteriormente por fax e que tinham sido aprovados com louvor pelo exigente fotógrafo argentino.

Pedro recusara desta forma a oportunidade de se iniciar profissionalmente como escritor e amargou muitos anos de espera para ter outra novamente.


...


Quase uma década depois, Pedro conheceu uma bela morena argentina casada com um brasileiro e morando aqui há muitos anos. As circunstâncias que ocasionaram que se conhecessem foram geradas por uma série de coincidências totalmente improváveis, mas que culminaram em um encontro e numa conversa intensa em, acreditem, uma certa cafeteria no centro de Porto Alegre.

Ao inquiri-la sobre a saudade que devia sentir de sua terra natal recebeu como uma gratificante resposta:
- Saudade nenhuma; eu não! Os argentinos não prestam, são arrogantes, pretensiosos, se acham melhores que todo mundo!
Empolgado pela resposta, pela beleza da morena argentina, por seu suave e delicioso sotaque e pela intimidade da conversa que estavam tendo até então, Pedro, cheio de confiança e demonstrando não ter aprendido da primeira vez, fez a previsível pergunta:
- E o que acha dos brasileiros?
Teve como merecida resposta:
Os brasileiros? São exatamente iguais aos argentinos! Também não prestam! Olha, e os gaúchos...
A bela morena argentina foi calada por uma pegada forte seguida de um intenso beijo. Pedro decidira interromper aquele assunto imediatamenete e essa foi , decididamente, a melhor forma de faze-la calar.

Cerca de quatro horas depois, ao afagar os negros e sedosos cabelos da bela morena argentina (casada com um gaúcho, vale lembrar) que repousava a cabeça sobre seu peito naquela cama de motel, não pôde deixar de pensar que, apesar de te-la ajudado a trair um conterrâneo seu, não tinha dúvidas que "antes eu que um argentino".


_LPR_



Este texto foi publicado na edição de estréia do informativo ESPAÇO DE NOTÍCIAS que circulou  em 2008 por Cachoeirinha(RS) durante um curto período de tempo. Obrigado pela oportunidade Sirlei.
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