“Não é que eu tenha total confiança de que os cientistas estão certos, é que tenho absoluta certeza de que os não-cientistas estão errados.”







____________________________________________________________________Isaac Asimov.













"A ignorância gera confiança com mais frequência do que o conhecimento: são aqueles que sabem pouco, e não aqueles que sabem muito, que tão positivamente afirmam que esse ou aquele problema jamais será resolvido pela ciência."



"Se o mistério da pobreza não for causado pelas leis da natureza, mas pelas nossas instituições, grande é o nosso delito. "





______________________________________________________________________________Charles Darwin.





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"Vivendo sob as trevas do Holocausto e esperando ser perdoados por tudo o que fazem em nome do que eles sofreram parece-me ser abusivo. Eles não aprenderam nada com o sofrimento dos seus pais e avós."





"Nós podemos comparar (a situação palestina) com o que aconteceu em Auschwitz."





"Mas então ninguém percebe que matar em nome de Deus é fazer de Deus um assassino?"





________________________________________________________________José Saramago.




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COSMOLÓGICA - A MATÉRIA HUMANA FORJADA NO CALOR DAS FORNALHAS ESTELARES DISTANTES!

Cosmológica

Sagan.


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"A História está repleta de pessoas que, como resultado do medo, ou por ignorância, ou por cobiça de poder, destruiram conhecimentos de imensurável valor que em verdade perteciam a todos nós. Nós não devemos deixar isso acontecer de novo."




_______________________________________________________________________________Carl Sagan.





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segunda-feira, 20 de julho de 2009

MARIO QUINTANA.




RUA DOS CATAVENTOS

XIII



Da vez primeira que me assassinaram
Perdi um jeito de sorrir que eu tinha...
Depois, de cada vez que me mataram,
Foram levando qualquer coisa minha

E hoje, dos meus cadáveres, eu sou
O mais desnudo, o que não tem mais nada...
Arde um toco de vela, amarelada...
Como o único bem que me ficou!

Vinde, corvos, chacais, ladrões da estrada!
Ah! Desta mão, avaramente adunca,
Ninguém há de arrancar-me a luz sagrada!

Aves da Noite! Asas do Horror! Voejai!
Que a luz, trêmula e triste como um ai,
A luz do morto não se apaga nunca!

M. Q.









FANTÁSTICA

Ampla se estende a erma planície nua.
Cobre-a o funéreo manto do luar
E cada sombra no chão se recorta
Com nitidez de paisagem lunar.

Mas que imobilidade singular
Que as coisas têm! E que nudez! Aflito,
O ouvido indaga, espera... E nem um grito
Vem o imóvel silêncio apunhalar.

Mostra-se a Lua. A sua enorme face
Lembra um disco de prata formidando
Que um Titã aos Céus arremessasse;
Vem branca, branca, de um palor que pasma.
E enquanto vai a Lua transmontando
Uiva lugubremente um cão fantasma.

M. Q.











NO SILÊNCIO TERRÍVEL

No silêncio terrível do Cosmos

Há de ficar uma última lâmpada acesa.
Mas tão baça
Tão pobre
Que eu procurarei, às cegas, por entre os papéis revoltos,
Pelo fundo dos armários,
Pelo assoalho, onde estarão fugindo imundas ratazanas,
O pequeno crucifixo de prata que tu me deste um dia
Preso a uma fita preta.
E por ele os meus lábios convulsos chorarão
Viciosos do divino contato da prata fria...
Da prata clara, silenciosa, divinamente fria - morta!
E então a derradeira luz se apagará de todo...

M. Q.