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♪ ♫ Então você
Pensou que
Iria gostar de
Ir ao show
Para sentir aquele calafrio quente da confusão
Aquele ardor de um astronauta
Eu tenho algumas notícias ruins para você querido
Pink não está bem, ele ficou no hotel
E nos mandaram pra cá como uma banda substituta
E nós vamos ver o quanto fãs vocês
Realmente são(...). ♫ ♪
InThe Flesh(Na Carne) .
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STOP!
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Provocativa, a letra de In The Flesh queima em nossas medulas com o deboche e o escárnio de tudo que existe de podre no ser humano como o ódio, o preconceito, o medo, a ganância, a hipocrisia, a covardia, a traição, o poder!
Atual como sempre e necessária como nunca.
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º
Não!
Não era Pink Floyd!
Eu esperei 25 anos para assistir ESTE SHOW (The Wall) ou qualquer outro clássico da mais perfeita banda que já existiu e que irá existir. Desde meus treze anos eu ansiava por isto. Acreditava que poderia acontecer sim.
Não assisti ao show feito por Roger Waters aqui em Porto Alegre há alguns poucos anos por se tratar de músicas de sua carreira solo, que eu não acompanho. Soube depois que acabou sendo apenas uma parte assim e que ele tocou mais canções do Floyd mesmo. Que sacana!
Waters é um gênio e um artista incrível. É um compositor e um intérprete incomparável. Uma pessoa idealista e engajada.
Dessa vez em Porto Alegre ele fez questão de falar(e bastante!) em português e demonstrou ter ficado bem emocionado com a receptividade do público. Ofereceu o show em homenagem a Jean Charles, o brasileiro que foi assassinado por policiais em Londres e "para todas as vítimas do terrorismo de Estado", como Waters fez questão de deixar claro.
Eu estava muito bem acompanhado pelo casal Robson e Milena, meus queridos amigos. Ele, meu irmão floydiano. Ela foi conferir de perto do que se trata afinal este fenômeno que perturba a mente e o coração do seu esposo.
Pink Floyd não é para os fracos! Incomoda, desnorteia, atiça, fere, agride, atormenta, incendeia...
Pink Floyd é para todos! Enaltece, subverte, inspira, ensina, afaga, comove, alerta, incendeia...
Todas as pessoas acompanharam e cantaram todas as músicas durante todo o tempo. Um clássico é um clássico. Atemporal, universal e profundo.
É claro que em Another Brick In The Wall part II o bicho pegou, mas nada em comparação com a música mais perfeita já composta, ou seja, Comfortably Numb. Este foi o momento mais intenso e carregado de energia, quando cada pessoa no estádio Gigante da Beira-Rio cantou a plenos pulmões, naquele 25 de março de 2012, esta obra-prima de toda a humanidade. Parecia até que nós havíamos conseguido abafar todos os sons naquela região, inclusive do sistema sonoro do espetáculo.
Bobagem minha achar que só eu considerava esta música a mais extraordinária da banda mais extraordinária de todos os tempos.
Sim!
Ali naquele momento, nós éramos o Pink Floyd! E isso eu vou levar para o resto da vida...
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